Ritual De Lo Habitual [Jane’s Addiction]
Alternative rock
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Enquanto banda completamente medíocre nos tempos atuais, valeu a pena lembrar porque eu ainda tenho um pouco de gosto pela banda. Não me recordo se Ritual De Lo Habitual é o disco mais expressivo, ou se esse seria Nothing’s Shocking, mas é uma experiência bacaninha – com momentos babacas e copiosos de outras bandas, embora em nenhum deles propagandinha como esse último lançamento; e momentos que esbanjam criatividade, inclusive, mostram porque o grupo um dia teve seu ótimo conceito.
É um disco praticamente indispensável pelas suas primeiras faixas, enquanto as últimas são excessivamente experimentais – a última, aliás, muito pecadora. Frenético por um bom tempo, com maravilhosas linhas de baixo e algumas ‘batidas’ bacanas, é uma das saudáveis misturas de rock com funk da passagem de anos 80 pra 90, tal qual Living Colour, Lenny Kravitz, RHCP e Primus (embora Primus já não seja tão saudável, mas não me entendam mal e discutamos isso num post sobre eles). É difícil, inclusive, escolher qual das cinco primeiras (fora Obvious) é favorita.
Mas infelizmente o peso do final do álbum ainda conta e, com um pouco de olhar técnico, é possível perceber falhas na execução de algumas faixas. Em especial, as mais aceleradas, que são ao mesmo tempo as mais complexas nesse caso em particular. Para uma banda com uns bons anos de estrada, isso não devia acontecer em um disco de estúdio. No mais, ainda é um bom acréscimo pra ouvintes do gênero, assim como Lenny Kravitz embora sejam bem diferentes.