talvez eu seja mais gentil com o nelson bomilcar vendo-o escrever que ouvindo-o. o nelson tem um único disco solo: caminhos do coração. um disco de jazz e é isso.
e o que há no nelson bomilcar é uma sofisticação, uma “produção”. o “caminhos do coração” é um bom produto. está tudo no lugar. e é isso.

não há nada de errado com o disco. absolutamente nada. o que há de bom? também não sei. é aqui que empacamos.
e empacamos feio.
o disco não é nem uma lição de “o que é fazer algo como tudo no lugar”, não tem a didática que tantos discos gamaliescos têm, que eu não deveria respeitar mas respeito. ele é… tudo no lugar, tudo certo, tudo reto, e é isso. me lembra a própria gramática do bomilcar no twitter, exceto que o bomilcar no twitter é divertido, e na música… não. não é sonoro. como se fosse um cid moreira instrumental. “me lembra a própria gramática do” é terrível, pra começo de conversa.
tudo no lugar. tudo certo. um bom artista, com um bom time e bons convidados, com bons arranjos. tudo bom. tudo no lugar. a teologia correta, a bíblia correta. tudo correto. tudo correto. brasileiro, talvez. muito bonito.

eu não me lembro de absolutamente nada do que aconteceu nesse disco.
é muito correto.
e mais nada.